segunda-feira, 29 de março de 2010

A lua




Hoje olhei para o céu, vi a lua, ela estava tão linda, tão radiante, espetacular. Lua, deusa dos enamorados, que enche de beleza os olhos de seus admiradores apaixonados. Lua, senhora sábia, astro existente desde antes do que se possa imaginar. Lua, que às vezes é insanamente tachada de sombria, lua que acoberta loucuras. Lua, que vem dar seu espetáculo todas as noites, apagam-se as luzes, nada pode a ofuscar, nada consegue. Lua, que fez o pobre Sol se apaixonar, ele a pode ver, porém nunca tocar.Lua, se um dia eu deixar de te admirar, minha vida perderá o sentido, pois não sentirei a presença desse sentimento do qual andam falando por ai, o amor.
À lua, dedico minha admiração.
A você, dedico a lua.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Curvada aos efeitos do tempo


Vi aquela árvore caida. Aquela árvore que tanto representou para mim, que me passava tanta fortaleza, sobriedade. Aquela árvore que sustentou minhas brincadeiras na infância, certas vezes, me sustetou, árvore que deu frutos, que teve uma vida plena, estava ali curvada aos efeitos do tempo.
O que é o tempo? Sei que não posso responder a essa pergunta em um simples texto, talvez eu nem consiga fazê-lo em toda a minha vida, talvez nínguém consiga. Porém venho aqui hoje com o propósito de "falar mal" do tempo, venho falar dessa mania dele de insistir em levar tudo que nos rodeia, sentimentos, pessoas, coisas, árvores que foram importantes para nós, essenciais.
São incondicionais os fatos de que todos nós iremos morrer, de que todos nós sofremos perdas frequentemente, e de que em nossa confusão do cotidiano, ás vezes, não percebemos essas perdas, e se elas são fortes o bastante para nos fazer sofrer, nos acostomamos a elas, nos acostumamos com a dor. Perdas são comuns. Ironia. O próprio elemento que traz nossa dor, leva-a, o tempo sempre faz isso.
Todas as vezes que paro e penso numa perda, entristeço-me. Não só pelo meu egoísmo de nunca querer perder, não querer sofrer, mas sim pelas próprias pessoas, coisas, árvores que se foram. Entristeço-me pensando no quanto elas representaram para todos, entristeço-me depois de tanta plenitude, tantas boas colheitas, tantas bonitas flores, elas têm que se render ao tempo, que leva-as deixando pra trás apenas a lembrança delas em cada felizardo que pôde presenciar um pouco que seja de sua magestade. Entristeço-me ao ver a árvore que pra mim representou tanto, curvada aos efeitos do tempo.
Porém não me entisteço ao pensar que um dia tambám me curvarei ao nosso velho companheiro, mas sobre isso, eu falo depois.

Lugar externo à minha mente

Às vezes me pego cansado do meu cotidiano, com a insatisfação que sinto por ele, e vejo, que tudo tem sido tão hilário, tão fantástico, que paro com a minha tolice de pensar que a minha vida pode ficar melhor do que está, e chego à conclusão de que não vale a pena nada mudar por pequenas coisas que me atormentam, nada precisa pelas minhas incoerências.
E é por isso, por toda essa magnificência dos meus dias, que crio esse lugar externo à minha mente, para daqui um tempo lembrar do quão feliz eu fui, relembrar um dia, um abraço, um riso, um choro. Crio esse lugar externo à minha mente para compartilhar minhas angústias, me refugiar delas. Crio esse lugar externo à minha mente, principalmente porque sei que um dia minhas sinapses ficarão mais lentas e que terei a propensão de perder todas essas memórias. Não posso esquecer de tudo isso.