quinta-feira, 25 de março de 2010

Curvada aos efeitos do tempo


Vi aquela árvore caida. Aquela árvore que tanto representou para mim, que me passava tanta fortaleza, sobriedade. Aquela árvore que sustentou minhas brincadeiras na infância, certas vezes, me sustetou, árvore que deu frutos, que teve uma vida plena, estava ali curvada aos efeitos do tempo.
O que é o tempo? Sei que não posso responder a essa pergunta em um simples texto, talvez eu nem consiga fazê-lo em toda a minha vida, talvez nínguém consiga. Porém venho aqui hoje com o propósito de "falar mal" do tempo, venho falar dessa mania dele de insistir em levar tudo que nos rodeia, sentimentos, pessoas, coisas, árvores que foram importantes para nós, essenciais.
São incondicionais os fatos de que todos nós iremos morrer, de que todos nós sofremos perdas frequentemente, e de que em nossa confusão do cotidiano, ás vezes, não percebemos essas perdas, e se elas são fortes o bastante para nos fazer sofrer, nos acostomamos a elas, nos acostumamos com a dor. Perdas são comuns. Ironia. O próprio elemento que traz nossa dor, leva-a, o tempo sempre faz isso.
Todas as vezes que paro e penso numa perda, entristeço-me. Não só pelo meu egoísmo de nunca querer perder, não querer sofrer, mas sim pelas próprias pessoas, coisas, árvores que se foram. Entristeço-me pensando no quanto elas representaram para todos, entristeço-me depois de tanta plenitude, tantas boas colheitas, tantas bonitas flores, elas têm que se render ao tempo, que leva-as deixando pra trás apenas a lembrança delas em cada felizardo que pôde presenciar um pouco que seja de sua magestade. Entristeço-me ao ver a árvore que pra mim representou tanto, curvada aos efeitos do tempo.
Porém não me entisteço ao pensar que um dia tambám me curvarei ao nosso velho companheiro, mas sobre isso, eu falo depois.

Um comentário:

Vanny Araújo disse...

:)
Que bom que gostaste do blog! E obrigada pelo comentário gentil xD
Gostei das suas divagações. Passarei mais vezes por aqui.
=D