A aula já havia começado quando a menininha de olhos de jabuticaba chegou de mão dada à sua mãe.
A mãe chamou a professora na porta falou meia dúzia de palavras, virou-se para a filha falando:
-Mamãe volta depois pra te buscar, tá, minha flor?
A menina respondeu com um sorrisinho amarelo a assistiu com o coraçãozinho apertado a mãe ir embora. Naquele dia, ela estava vestida com seu vestido preferido, cheio de flores e borboletas de todas as cores, "Hoje é um dia importante mamãe...", argumentava ela com a mãe, que, por fim, se deu por convencida a deixá-la usar aquele vestido.
-Venha, meu anjo. -chamou a professora-Turma, essa é a Júlia, a nova coleguinha de vocês. Digam 'oi' pra ela.
-OII!- disseram as crianças em uníssono
-Vai sentar na sua cadeira, lindinha.
A garotinha sentou-se na última cadeira da penúltima fila. Abriu seu caderno de bichinhos e pôs-se a desenhar. Ela era muito talentosa pra uma criança de 5 anos, seus desenhos não s resumiam a apenas rabiscos. Ela tentou desenhar o menininho que estava sentado ao lado. Mas logo desistiu.
-Ai, eu não consigo!-resmungou ela.
Olhou de novo para o menininho ao seu lado. Algo nele a intrigava. "Por que será que ele ta tão sozinho?" perguntava a si mesma.
-Ei, menino!
Nada.
-Eei eu to falando com você...
Nada.
-Você aí!-ela começava a elevar a voz...
A menina que estava à sua frente falou:
-Deixa ele. Ele não fala com ninguém... A tia até falou que ele é doente...
-Eu não acredito nisso.
Ela se levantou, puxou a carteira até o lado dele.
-Eu não saio daqui até você me dizer o seu nome.
Depois de meia hora, ele finalmente abriu a boca.
-Meu nome é Daniel.
-Que nome legal!-animou-se ela- Por que você é tão quieto?
-Eu tenho medo das pessoas...
-Mas você não precisa ter medo, pelo menos não de mim!
Ele lhe soltou um risinho abafado.
-Você é tão bonito...
A mãe chamou a professora na porta falou meia dúzia de palavras, virou-se para a filha falando:
-Mamãe volta depois pra te buscar, tá, minha flor?
A menina respondeu com um sorrisinho amarelo a assistiu com o coraçãozinho apertado a mãe ir embora. Naquele dia, ela estava vestida com seu vestido preferido, cheio de flores e borboletas de todas as cores, "Hoje é um dia importante mamãe...", argumentava ela com a mãe, que, por fim, se deu por convencida a deixá-la usar aquele vestido.
-Venha, meu anjo. -chamou a professora-Turma, essa é a Júlia, a nova coleguinha de vocês. Digam 'oi' pra ela.
-OII!- disseram as crianças em uníssono
-Vai sentar na sua cadeira, lindinha.
A garotinha sentou-se na última cadeira da penúltima fila. Abriu seu caderno de bichinhos e pôs-se a desenhar. Ela era muito talentosa pra uma criança de 5 anos, seus desenhos não s resumiam a apenas rabiscos. Ela tentou desenhar o menininho que estava sentado ao lado. Mas logo desistiu.
-Ai, eu não consigo!-resmungou ela.
Olhou de novo para o menininho ao seu lado. Algo nele a intrigava. "Por que será que ele ta tão sozinho?" perguntava a si mesma.
-Ei, menino!
Nada.
-Eei eu to falando com você...
Nada.
-Você aí!-ela começava a elevar a voz...
A menina que estava à sua frente falou:
-Deixa ele. Ele não fala com ninguém... A tia até falou que ele é doente...
-Eu não acredito nisso.
Ela se levantou, puxou a carteira até o lado dele.
-Eu não saio daqui até você me dizer o seu nome.
Depois de meia hora, ele finalmente abriu a boca.
-Meu nome é Daniel.
-Que nome legal!-animou-se ela- Por que você é tão quieto?
-Eu tenho medo das pessoas...
-Mas você não precisa ter medo, pelo menos não de mim!
Ele lhe soltou um risinho abafado.
-Você é tão bonito...
Nesse momento o sinal tocou.
-Vem Daniel, eu to doida pra brincar naquele parquinho
E saiu puxando o menino por toda a escola até o parquinho. Lá, eles comeram o lanche que trouxeram de casa, brincaram de casinha, carrosel, todos os tipos de pique... Até que ao final da tarde, a menininha descalça e com os pés sujos de terra fez ao menininho certo pedido:
-Promete que vai ser meu amiguinho para sempre?
-Eu lá tenho outra escolha?!
E caíram numa daquelas gargalhadas gostosas de criança.
PS: Mal sabiam eles que, anos depois, aquele vestidinho de flores e borboletas, que a menina trajava, se tornaria um belo vestido branco, que aqueles pés sujos de terra se transformariam em sapatos engraxados e que eles estariam na frente um do outro dando aquela mesma gargalhada de criança e quebrando aquela promessa que haviam feito. Já que, seria pra sempre, mas não como amiguinhos.
4 comentários:
Dalton,
nunca li de você algo tão puro. Algo tão inocente. Lindo de se ler. De se imaginar, de se sentir junto.
E que o pra sempre, não seja só uma desculpa para amanhã.
Meu beijo.
Oi Dalton,
muito leve seu texto. Penso que o menino simboliza os adultos. Estes sim parecem ter medo de outras pessoas. Vejo as crianças se entenderem muito bem, enquanto nós, crescidos, só temos reclamações e julgamentos.
Um abraço.
Olha que final bonito, não imaginei que seria assim... por isso gostei tanto.
Vou ficar mais um pouco te lendo aqui.. rs
beijo.
Ain, isso derrete qualquer coração.
Lindo!
;*
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